Até pouco tempo, a prática era restrita ao recreio escolar e, quase sempre, interrompida por algum adulto. Mas a tecnologia criou um novo campo para o bullying: a internet. Um a cada cinco adolescentes entre 12 e 15 anos sofre com o chamado cyberbullying, revela estudo alemão. Especialistas alertam que os responsáveis devem ficar atentos a mudanças no comportamento dos filhos. Se não forem interrompidas a tempo, as agressões podem provocar baixa de autoestima e até alterações gastrointestinais.

O estudo "A Evolução do Bullying: do Pátio da Escola aos Smartphones", feito pela Universidade de Wüerzburg, na Alemanha, em parceria com a empresa Kaspersky Lab, mostrou que 17% dos alunos entrevistados já foram vítimas. Os pesquisadores ressaltam que, apesar de não envolver violência física, o bullying on-line pode ser mais danoso. Isso porque o agressor é anônimo; a vítima tem dificuldade em escapar; e, como não há interação pessoal, quem pratica a violência não percebe a real dimensão do sofrimento que está causando e pode exagerar.

"Quando o bullying ocorre pessoalmente, os agressores precisam do apoio de um grupo para terem mais força. Já na internet, eles podem agir sozinhos", destaca a psicóloga Fabiane Curvo. De acordo com o levantamento, apesar de 65% considerarem o cyberbullying um problema real e grave, muitas vezes os pais não ficam cientes do drama. Segundo a psicóloga e psicoterapeuta Andreia Calçada, há crianças que optam por não contar aos responsáveis por vergonha. (AD)

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